por Alex Almeida | 04/03/2021 | Imprensa
Lideranças femininas podem concorrer nas categorias pequena, média e grande propriedade
A edição de 2021 do Prêmio Mulheres do Agro está prestes a dar a largada. Na próxima segunda-feira (8/3), lideranças femininas de pequenas, médias e grandes propriedades poderão começar a se inscrever por meio do site www.premiomulheresdoagro.com.br.
Idealizado pela Bayer e organizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), com apoio da Revista Globo Rural, o prêmio tem como objetivo dar voz às mulheres que administram fazendas de diferentes portes ao redor do Brasil, independente do cultivo.
As inscrições para a quarta edição do prêmio são gratuitas. A banca examinadora definirá as vencedoras com base em critérios de gestão inovadora e práticas agropecuárias que respeitem os pilares de sustentabilidade.
Confira abaixo a live com as premiadas de 2020.
Foto: Reprodução
Fonte: Globo Rural
por Alex Almeida | 06/11/2020 | Imprensa
Influenciadora e empresária participou de live da Globo Rural com produtoras rurais
Live sobre gestão feminina e sustentabilidade realizada na última quinta-feira (6/11) (Foto: Reprodução/Youtube)
(Foto: YouTube/Reprodução)
Mulheres em posição de liderança dentro dos diferentes setores do agronegócio ainda é algo raro de se encontrar. No entanto, produtoras rurais que assumem a gestão de fazendas estão se articulando para que haja cada vez mais representatividade e equidade no campo.
O tema foi discutido durante live da Globo Rural na quinta-feira (5/11), com participação da influenciadora de jornadas e empresária Rafa Brites e as produtoras rurais Dulce Ciochetta, gestora do Grupo Morena; Geni Schenkell, fundadora do Agroligadas; Cristiane Steinmetz, fundadora da Rede UMA (União das Mulheres do Agro) e Luciana Dalmagro, 1° lugar na categoria Grande Propriedade do Prêmio Mulheres do Agro, realizado por Bayer e Abag.
“O agro é um desses setores em que os exemplos são raríssimos de mulheres na liderança”, Rafa Brites, influenciadora de jornadas e empresária
Rafa Brites ressaltou a importância de aprender a partir de exemplos e, à medida que mais mulheres estiverem em altos cargos, maior ser´aa percepção pela competência feminina.
“As pessoas aprenderem pelo exemplo é nosso neurônio espelho. A mulher cresce em uma sociedade em que a gente tinha poucos exemplos, e o agro é um desses setores em que os exemplos são raríssimos de mulheres na liderança”, disse Rafa.
Assista à live na íntegra
Como prova desta falta de reconhecimento da mulher nas gerações passadas, Cristiane Steinmetz cita as antepassadas, que, apesar de também terem trabalhado na lavoura, não recebiam os créditos pelas conquistas.
“Sei que minha mãe e vó tiveram um papel fantástico e que isso fez a diferença. Mas, se você perguntar para mim quem aparecia, quem tinha voz e em quem acabei me espelhando, foram nas figuras masculinas”, admite.
Para mudar esta realidade, Luciana Dalmagro cita o pilar social como peça-chave da sustentabilidade. “Sustentabilidade é pensar no meu filho”, diz ela, que também afirmou ser importante pensar no meio ambiente e em como se dão as relações com colaboradores e a sociedade no entorno.
Por MARIANA GRILLI
Fonte: Globo Rural
Foto: YouTube/Reprodução
por Alex Almeida | 15/10/2020 | Imprensa
Malu Nachreiner, líder da divisão agrícola da Bayer no Brasil; Dulce Chiamulera Ciochetta, sócia proprietária do Grupo Morena; e Mariana Vasconcelos, CEO da AgroSmart, participaram do debate
Pautas urgentes para o meio ambiente tomaram conta do final do penúltimo dia do Power Trip Summit 2020. Os desafios da sustentabilidade na produção rural e o papel das mulheres em relação ao ecossistema foram debatidos em mesa conduzida por Laura Ancona, nossa diretora de redação.
A conversa teve participação de Malu Nachreiner, líder da divisão agrícola da Bayer no Brasil, Dulce Chiamulera Ciochetta, sócia proprietária do Grupo Morena; e Mariana Vasconcelos, CEO da AgroSmart.
“Cresci e desenvolvi minha carreira com o pensamento do ‘eu posso’ por ter uma presença feminina muito forte dentro de casa”, disse Malu ao resgatar sua trajetória pessoal e seu ingresso no agronegócio num tempo em que não haviam muitas mulheres em cargos de liderança. “Mais do que ser mulher, no meu caso pesou de onde eu vim: Sempre estudei em escola pública; e hoje o que me move é como podemos mudar a cara da educação do país para que trajetórias como a minha não sejam exceções”, completou.
O avanço da liderança no agronegócio entre as mulheres foi abordado em seguida. Segundo dados de 2019, as mulheres que atuam no setor do agronegócio são responsáveis por 30% do segmento. De acordo com informações de 2015 do jornal britânico The Guardian, empresas lideradas por mulheres poluem menos. “Hoje é impossível pensar que você não tem uma mulher dentro de uma corporação, no entanto, as perspectivas masculinas e femininas são diferentes, apesar de complementares. Porém, mesmo com as mudanças, as mulheres ainda têm muito o que avançar [na liderança do agronegócio]”, expôs Dulce.
Em relação à sustentabilidade, Malu defende que é um tema que precisa ser melhor abordado pelo setor. “A agricultura de alta produtividade não é inimiga da sustentabilidade e às vezes não conseguimos nos colocar dessa forma como setor”, disse. Para Dulce, a sustentabilidade é uma pauta que precisa estar na pauta de qualquer empresa. “São práticas que você tem hoje pensando nas futuras gerações. Muitas vezes a sustentabilidade só é lembrada pelos benefícios ao meio ambiente, mas ela também é formada por mais dois pilares: o social e o econômico”, apontou.
Sobre a implementação tecnológica no agronegócio, Mariana Vasconcelos acredita ser uma jornada. “Existem produtores e indústrias em várias fases desse caminho. A primeira são os dados. Porém, há barreiras como a conectividade e o acesso financeiro”, explicou.
A respeito do impacto das queimadas para o setor do agronegócio, Malu acredita ser importante melhorar a comunicação do setor com a sociedade e diminuir a polarização. Para Dulce, por vezes há uma imagem distorcida do que a maioria dos agricultores fazem pelo agronegócio. “O Brasil tem um problema muito sério que é a questão fundiária, principalmente na região da Amazônia, nós não temos nomes e sobrenomes; e fica difícil aplicar a lei onde essas queimadas acontecem”, afirmou. Mariana complementou dizendo que a imagem negativa do agronegócio em relação às queimadas vai não só para o produtor, mas também para o setor de investimento. “A má comunicação do setor com a população também compromete o país como uma opção de investimento externo”, disse.
“Brasil tem um problema sério que é a questão fundiária, principalmente na região da Amazônia, nós não temos nomes e sobrenomes; fica difícil aplicar a lei onde essas queimadas acontecem”
Dulce Chiamulera Ciochetta
Por fim, as participantes falaram sobre as adversidades que encontraram num setor majoritariamente masculino. Para elas, a chave de suas conquistas está na resiliência, ao conhecimento e na comunicação.
Em sua quarta edição, o maior encontro de liderança feminina do Brasil conta com mais de 80 convidadas, entre CEOs, executivas e representantes de diversos setores. De 13 a 16 de outubro, elas se reúnem em palestras e debates sobre temas como ciência, tecnologia, saúde mental, meio ambiente e enfrentamento à violência e ao assédio no mercado corporativo.
Este ano, o evento acontece em formato híbrido. Parte das convidadas e do time da revista se encontram, seguindo as regras de distanciamento social, no estúdio criado especialmente para a ocasião no Espaço Casa Bossa, no shopping Cidade Jardim, em São Paulo. Já as demais convidadas interagem em uma plataforma virtual concebida especialmente para o Power Trip Summit.
A comediante australiana Hannah Gadsby, que se transformou num fenômeno mundial com os monólogos Nanette e Douglas; a ativista pelos direitos civis norte-americana Opal Tometi, uma das fundadoras do movimento Black Lives Mater; e a holandesa Jennifer Morgan, diretora executiva internacional do Greenpeace, estão entre as convidadas estrangeiras do evento. Além delas, participam, entre outras, as brasileiras Cármen Lúcia, Ministra do Supremo Tribunal Federal; Luiza Helena Trajano, presidente do conselho da Magazine Luiza; Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil; e Janaína Rueda, cozinheira e sócia do Bar da Dona Onça e A Casa do Porco Bar.
Apenas as convidadas terão acesso ao vivo ao evento, mas todo o conteúdo estará disponível no dia seguinte à apresentação no YouTube de Marie Claire. Acompanhe a cobertura exclusiva no nosso site e em nossas redes sociais.
Mariana Marinho
Fonte: Revista Marie Claire